Ali Larijani, ex-presidente do Parlamento do Irã, exigiu neste sábado (12) uma explicação formal do órgão eleitoral do país sobre a desqualificação de sua candidatura para o pleito presidencial, na próxima sexta-feira (18), reportou a Reuters.
Em maio, o Conselho Guardião — órgão rigoroso do regime que avalia os postulantes à presidência — aprovou apenas sete candidatos e indeferiu diversos nomes, incluindo Larijani e o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad.
“Exorto o estimado Conselho Guardião … a conceder formal e publicamente, de modo transparente, todas as razões por trás de minha desqualificação”, declarou Larijani no Twitter, horas antes do último debate presidencial.
A princípio, Larijani — descrito como conservador moderado — acatou a determinação da entidade. “Cumpri meu dever perante Deus e minha nação”, comentou na ocasião.
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O perfil dos candidatos barrados aumentou as chances de vitória do ultraconservador Ebrahim Raisi, chefe do judiciário iraniano e aliado próximo do Supremo Líder Ali Khamenei.
Contudo, uma reviravolta não está descartada à medida que a população mostra-se indignada com a crise econômica no país, agravada pelas sanções dos Estados Unidos.
Entre os candidatos aprovados, estão o conservador Saeed Jalili, ex-chefe de negociação do acordo nuclear; o frequente concorrente Mohsen Rezaei, ex-comandante da Guarda Revolucionária; e o moderado Abdolnaser Hemmati, atual chefe do Banco Central.