Uma investigação do Yahoo News revelou que o avião que transportava os assassinos sauditas que mataram o jornalista Jamal Khashoggi parou no Cairo para recolher narcóticos mortais.
Esses narcóticos foram injetados no braço esquerdo de Khashoggi, matando-o em questão de minutos.
Isso revela uma ligação não apontada anteriormente do Egito como cúmplice da morte de Khashoggi, relata o Yahoo, e prova que a equipe planejava matá-lo.
Em 2019, um relatório da ONU disse que era provável que Khashoggi tivesse recebido uma injeção de sedativos antes de ser sufocado com um saco plástico.
O príncipe herdeiro negou ter ordenado a morte do colunista do Washington Post e alegou que ele foi morto em uma operação “desonesta”.
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No entanto, a Relatora Especial da ONU, Agnes Callamard, disse que Khashoggi foi “vítima de uma execução deliberada e premeditada”.
Crítico proeminente do príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salman, Khashoggi foi morto por uma equipe de agentes sauditas dentro do consulado em Istambul em 2 de outubro de 2018.
Vinte funcionários sauditas foram julgados na Turquia à revelia depois que a Arábia Saudita rejeitou o pedido de extradição da Turquia.
A Arábia Saudita realizou seu próprio julgamento, que foi amplamente considerado como incompleto e como “a antítese da justiça” por Callamard.
Os processos judiciais foram fechados ao público e o reino proibiu os investigadores internacionais de trabalhar no país.
O Yahoo News diz que vai detalhar as informações em seu próximo podcast, “A vida secreta e a morte brutal de Jamal Khashoggi”.
O jornalista saudita Jamal Khashoggi, que havia se fixado nos EUA, foi assassinado no consulado saudita em Istambul em outubro de 2018. Após meses de investigações sobre o assassinato, um relatório da ONU concluiu que agentes sauditas mataram Khashoggi sob o comando direto do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman.