O primeiro-ministro tunisiano, Hichem Mechichi, divulgou na sexta-feira que o valor dos projetos públicos paralisados no país chegou a cerca de US$ 6 bilhões.
A informação foi feita a jornalistas após a quinta reunião da série de reuniões Bayt Al-Ḥikmah (Casa da Sabedoria) que a presidência está realizando na presença de seus parceiros financeiros internacionais: a União Tunisiana da Indústria, Comércio e Artesanato (UTICA, na sigla em inglês) e a União Nacional da Agricultura e Pesca.
Mechichi afirmou: “Um dos obstáculos mais importantes para o investimento público são os regulamentos e formalidades legais”.
Ele destacou: “Um plano de ação será definido para permitir ao governo explorar US$ 714 milhões das alocações de projetos públicos suspensos nos próximos 12 meses”.
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Mechichi explicou que um novo decreto está sendo preparado há meses para organizar contratos públicos e será apresentado na próxima reunião de gabinete.
“Há US$ bilhões alocados para financiar projetos de transporte, no entanto, 50 por cento desses fundos não foram desembolsados”, confirmou o ministro dos Transportes da Tunísia, Moez Chakchouk, à margem da reunião.
O ministro lembrou que alguns problemas estão sendo superados em algumas obras, inclusive no projeto da malha ferroviária expressa.
“Apesar de todos os obstáculos, o projeto será lançado no dia 25 de julho”, acrescentou.
Enquanto isso, Antoine Sallé de Chou, chefe do Escritório do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD, na sigla em inglês), explicou que as partes da reunião discutiram maneiras de acelerar a realização de projetos de infraestrutura paralisados para apoiar a recuperação econômica.
De Chou indicou: “Há uma carteira financeira de 8,7 milhões de euros fornecida pelos oito parceiros financeiros da Tunísia nas áreas de infraestruturas relacionadas com transporte, energia, educação e saneamento, mas ainda está suspensa”.
O responsável europeu confirmou que 60 por cento desses fundos não foram desembolsados até a data.
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