O príncipe Khalid bin Salman, vice-ministro da defesa da Arábia Saudita, tornou-se nesta terça-feira (6) o mais alto representante da monarquia a visitar Washington desde a posse do presidente americano Joe Biden em janeiro último.
O príncipe Khalid conversou com oficiais de alto escalão da Casa Branca sobre a guerra no Iêmen e ameaças do Irã, reportou a agência Reuters.
O vice-ministro é irmão caçula de Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, apontado pela inteligência americana como responsável pelo assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, em 2018.
Khashoggi, colunista do The Washington Post, foi assassinado dentro do consulado saudita em Istambul, Turquia. A monarquia nega as acusações.
Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, sugeriu que a morte de Khashoggi possa ser abordada, mas um comunicado sobre o encontro do vice-ministro saudita com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, não mencionou o caso.
Sullivan afirmou somente que a “importância do progresso em direitos humanos no reino” foi enfatizada durante o diálogo com o príncipe Khalid.
Ambos os oficiais debateram a parceria entre os países, segurança regional e “compromisso dos Estados Unidos em ajudar a Arábia Saudita a defender seu território de ataques conduzidos por grupos e facções ligados ao Irã”.
O príncipe também reuniu-se com Colin Kahl, subsecretário de defesa em Washington, para discutir “esforços para encerrar a guerra no Iêmen e o compromisso mútuo para reagir às atividades desestabilizadoras de Teerã”, relatou o Pentágono.
A Arábia Saudita espera que os encontros oficiais concedam uma perspectiva sobre a situação de seu relacionamento com os Estados Unidos, após o fim do governo notoriamente pró-saudita do ex-presidente republicano Donald Trump.