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Nadadora síria que salvou vidas no mar integra a Equipe Olímpica de Refugiados

Yusra Mardini após uma sessão de treinamento na piscina de treinamento em Berlim, Alemanha, 9 de março de 2016 [Foto de Alexander Hassenstein/Getty Images para IOC]

A nadadora síria, Yusra Mardini, conhecida por ter salvo dezoito pessoas  de um naufrágio no mar Egeu, é um dos principais destaques da equipe de refugiados que disputará os Jogos Olímpicos em Tóquio. O time deste ano, que competirá sob a bandeira olímpica, tem 29 membros.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou no mês passado os nomes que irão integrar a equipe de refugiados; são 29 atletas competindo em doze esportes nos Jogos de Tóquio. A estreia da delegação, na Rio 2016, teve apenas dez integrantes, incluindo Mardini.

O país de origem dominante na delegação é a Síria, com nove atletas. Também há refugiados oriundos do Congo, Sudão do Sul, Sudão, Venezuela, Irã, Afeganistão, Camarões, Eritreia e Iraque.

A nadadora olímpica Yusra Mardini é refugiada na Alemanha. Aos dezessete anos ela sonhava em representar a Síria nas competições internacionais de natação. Em 2015, devido aos impactos da guerra civil na Síria, Mardini e sua irmã mais velha decidiram sair de Darayya e ir para a Europa.

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Mardini fugiu para a Turquia e de lá embarcou para a Grécia. O bote em que ela, sua irmã e mais dezoito refugiados estavam quebrou no meio do mar Egeu. Ela e sua irmã, Sarah, pularam na água e nadaram, empurrando a embarcação por cerca de três horas e meia até a ilha grega de Lesbos.

Yusra Mardini em 9 de março de 2016, em Berlim, Alemanha [Foto de Alexander Hassenstein/Getty Images para IOC]

“O vento soprava forte e nosso barco se chocava contra as ondas. A luz estava indo embora. Sara e eu éramos nadadoras experientes, mas outros no barco não. Nos revezamos na água para deixar o barco mais leve, ajudando-o a enfrentar as ondas, a fim de evitar que ele afundasse. Pedimos ajuda, mas ninguém veio”, disse ela em um relato para a ACNUR. “A lembrança dessa jornada no mar permanecerá sempre comigo. Nadamos por mais de três horas. Todo mundo estava orando. Por fim, o motor voltou à vida e chegamos à costa”.

Em 2016, ela foi uma das dez atletas a integrar a primeira Equipe Olímpica de Refugiados do COI no Rio de Janeiro. No ano seguinte, foi nomeada a mais jovem Embaixadora da Boa Vontade da ACNUR, na ONU.

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