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Chefe do crime no Haiti ameaça elite sírio-libanesa após morte do presidente

Ex-Presidente do Haiti Jovenel Moïse em Quito, Equador, 24 de maio de 2021 [Franklin Jácome/Getty Images]
Ex-Presidente do Haiti Jovenel Moïse em Quito, Equador, 24 de maio de 2021 [Franklin Jácome/Getty Images]

Um dos mais poderosos líderes do crime organizado no Haiti ameaçou instigar atos de violência após a morte do então presidente da ilha, Jovenel Moïse, assassinado a tiros na última semana, em sua residência particular na capital Porto Príncipe.

A primeira-dama Martine Moïse também foi ferida durante o atentado.

Jimmy ‘Barbecue’ Cherizier, ex-policial que lidera a chamada federação G9 — composta por nove organizações criminosas com forte influência no país —, acusou autoridades de segurança e políticos de “conspirar com a burguesia fedorenta … para sacrificar Moïse”.

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“Trata-se de um complô nacional e internacional contra o povo haitiano”, declarou em vídeo Cherizier, em uniforme militar à frente de uma bandeira do país. “Convocamos a base a se mobilizar e tomar as ruas para revelar a verdade sobre a morte do presidente”.

Cherizier também conclamou seus seguidores a exercer “violência legítima” contra “mestres do sistema”, incluindo para expulsar da ilha caribenha empresários de origem sírio-libanesa, acusados de “manter refém” o Haiti e sua economia.

“Basta desses senhores que olham para nós como supermercado e nada mais. É hora de tomarmos as lojas de carros e os bancos”, reiterou Cherizier. “E se atirarem em nós, sabem bem o que fazer … vocês não são crianças!”

No domingo (11), autoridades anunciaram a prisão de Christian Emmanuel Sanon, médico haitiano radicado na Flórida, por supostamente contratar um esquadrão da morte para executar Moïse, a fim de assumir a presidência em breve.

Segundo as informações, uma unidade de assassinos foi então composta por 26 ex-soldados colombianos e dois americano-haitianos para conduzir o ataque.

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