Oficiais russos testaram mais de 320 tipos de armamentos durante operações na Síria, confirmou nesta quarta-feira (14) o Ministro da Defesa da Rússia Sergei Shoigu, segundo informações da agência TASS.
“Checamos mais de 320 tipos de armas; aliás, incluindo seus helicópteros”, declarou Shoigu em reunião com representantes da fabricante russa Rostvertol. Os veículos foram melhorados após a operação, reiterou o ministro — “ao menos em termos de armamentos”.
“Um dos helicópteros que vimos hoje é resultado da operação síria”, enalteceu Shoigu. “Agora nós temos essas armas, graças à operação na Síria”.
A venda de armas é parte fundamental do plano de Moscou para ampliar sua influência geopolítica no Oriente Médio e na África.
“Saímos de um ano bastante bem sucedido”, enfatizou Dmitry Shugayev, chefe do Serviço Federal de Cooperação Técnica-Militar, à emissora de notícias Rossiya 24, ao alegar que 2020 foi um ano “especial” devido à pandemia de coronavírus.
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Em 2019 e 2018, a Rússia recebeu pedidos de equipamentos bélicos estimados em US$51.1 bilhões e US$55 bilhões, respectivamente, de países do Oriente Médio, segundo Sergei Chemezov, diretor-executivo da gigante russa do setor Rostec.
O Oriente Médio tornou-se um mercado majoritário de armas na última década, com aumento de 102% nas importações entre os períodos de 2011-2015 e 2017-2019, segundo dados publicados pelo Instituto Internacional de Pesquisa de Paz de Estocolmo (SIPRI).
Em junho, a imprensa russa reportou suposto interesse do exército iraquiano na aquisição de sistemas de defesa de mísseis S-400 e sistemas de defesa aérea S-300, além de jatos combatentes Sukhoi Su-57, fabricados pela Rússia.
Em 2019, Rússia e Egito assinaram um acordo de armas estimado em US$2 bilhões, envolvendo a compra de mais de vinte jatos Sukhoi Su-35 de quarta geração.