O movimento de resistência palestino Hamas rechaçou as ameaças de invasões coloniais ao complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, reportou a agência Anadolu.
“Tais incursões de grupos extremistas, sob escolta das forças da ocupação, são um ataque contra os lugares sagrados”, reiterou Hazem Qasem, porta-voz do Hamas, em nota.
“Este comportamento é uma provocação a árabes e muçulmanos de todo o mundo e um desrespeito aos apelos internacionais no sentido contrário”, prosseguiu.
Grupos israelenses convocaram apoiadores a invadir Al-Aqsa, neste domingo (18), para marcar o feriado judaico de Tisha B’Av, que recorda a destruição do Templo de Salomão.
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O chamado Movimento de Soberania em Israel também prepara-se para conduzir ainda hoje um ato nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém.
No sábado (17), centenas de colonos realizaram uma procissão por Jerusalém Oriental, para intimidar os residentes palestinos às vésperas de sua invasão a Al-Aqsa.
Segundo relatos, os colonos marcharam do Portão de Damasco ao Muro das Lamentações (al-Buraq). Israel declarou o trajeto como “zona militar fechada” e prendeu três palestinos.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde situa-se a Mesquita de Al-Aqsa, durante a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou toda a cidade em 1980 — medida jamais reconhecida internacionalmente.