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Companhia israelense El Al inicia voos ao Marrocos após aproximação diplomática

Boeing 757 da companhia aérea israelense El Al [Aero Icarus/Flickr]
Boeing 757 da companhia aérea israelense El Al [Aero Icarus/Flickr]

Neste domingo (25), a companhia aérea israelense El Al deu início a voos diretos de Tel Aviv a Marraquexe, após a normalização dos laços diplomáticos entre Marrocos e Israel, no último ano, segundo informações da agência Reuters.

O voo 553 decolou às 11h35 do horário local (8h35 GMT), utilizando um avião Boeing 787 Dreamliner para a jornada de seis horas.

Em dezembro, Marrocos e Israel concordaram em retomar relações e restituir voos diretos, como parte de um acordo promovido por Washington em troca do reconhecimento americano da soberania marroquina sobre a região disputada do Saara Ocidental.

“A rota promoverá o turismo, o comércio e a cooperação econômica entre os países”, declarou o Ministro do Turismo de Israel Yoel Razvozov.

A El Al confirmou que manterá até cinco voos por semana ao Marrocos, embora com aeronaves menores do modelo Boeing 737.

O Marrocos abrigava uma das maiores comunidades judaicas no Norte da África e Oriente Médio, até a criação do estado israelense em 1948 — conhecida como Nakba ou “catástrofe”, via limpeza étnica e transferência demográfica.

Estima-se que 250 mil judeus deixaram o país africano entre 1948 e 1964.

Hoje, somente cerca de três mil judeus permanecem no Marrocos enquanto centenas de milhares de cidadãos israelenses alegam possuir alguma origem marroquina.

O governo marroquino descreve seu acordo com Israel — incluindo escritórios de contato — como uma restauração de laços de nível médio mantidos por Rabat até o ano 2000, quando os levantes palestinos incorreram no afastamento entre a monarquia e a ocupação.

Em março último, a Ministra do Turismo do Marrocos Nadia Fettah Alaoui afirmou esperar que 200 mil israelenses visitem o país no primeiro ano, após a retomada dos voos diretos.

Antes da pandemia, a nação norte-africana recebia cerca de treze milhões de turistas estrangeiros anualmente. Porém, os recursos do setor caíram 53.8% devido ao coronavírus, estimados em 36.3 bilhões de dirhams (US$3.8 bilhões) em 2020.

LEIA: ‘Quem acusa o Marrocos de espionagem deve provar’, afirma Rabat

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