A Jordânia conquistou ontem (26) a segunda medalha olímpica de sua história, em Tóquio, Japão, após Saleh Elsharabaty, atleta do taekwondo, terminar com a prata.
Elsharabaty foi derrotado por seu “irmão” russo Maksim Khramtcov, na final da modalidade abaixo de 80 quilogramas.
“Ele é tão forte”, comentou o esportista de 22 anos, nascido na Jordânia com raízes palestinas. “Eu treinei bastante com ele na Jordânia, somos quase irmãos!”
Prosseguiu Elsharabaty: “Estou muito feliz por ele e por minha prata, dessa vez. Nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, eu quero o ouro!”
A medalha olímpica do atleta jordaniano é apenas a segunda de seu país, após o ouro de Ahmad Abughaush no Rio de Janeiro, em 2016, também no taekwondo.
Khramtcov — que compete pelo Comitê Olímpico Russo, após o país ser banido de competir com sua bandeira — venceu confortavelmente a luta por vinte pontos a nove.
Assim que soou o apito final, a dupla de combatentes relaxou e sorriu; então se abraçou em comemoração, reportou a Reuters. Após o cumprimento cerimonial aos técnicos do adversário, ambos retornaram ao tatame para se abraçar mais outra vez.
Depois da premiação, Khramtcov — primeiro do ranking mundial no esporte de combate — afirmou que enxergou o cansaço nos olhos de Elsharabaty, pouco antes de encerrar a disputa, e pensou consigo mesmo: “A prata é legal para ele”.
Khramtcov reafirmou tratar-se de uma vitória particularmente emocionante, seis meses após sua mãe falecer. “Jamais pensei em desistir”, insistiu, questionado sobre a perda.
“Minha mãe queria ver eu conquistar uma medalha de ouro … agora, carrego uma no pescoço em homenagem a ela”, concluiu o esportista russo.
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