Nesta segunda-feira (2), os Estados Unidos confirmaram que famílias palestinas cujas casas permanecem sob risco de demolição em Jerusalém “não devem ser despejadas”.
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, declarou à imprensa: “Famílias não devem ser despejadas de suas casas nas quais vivem há décadas”.
“Não comentaremos os relatos emergentes ou os detalhes da discussão legal, mas acompanhamos de perto todos os fatos e continuaremos a fazê-lo”, prosseguiu.
Segundo Price: “Washington permanece engajado com nossas contrapartes israelenses e palestinas para assumir ações efetivas para melhorar a qualidade de vida e avançar em termos de liberdade, segurança e prosperidade para todos”.
“Fazemos tudo isso — diplomacia, assistência, engajamento — em um esforço que fundamentalmente se baseia na ideia simples de que israelenses e palestinos merecem medidas iguais de segurança, liberdade e, sobretudo, dignidade”, reiterou.
Ainda ontem, a Suprema Corte de Israel não conseguiu chegar a uma decisão sobre um recurso submetido pelas famílias el-Kurd, Jaouni, Abu Hasna e Askafi, sob ameaça de expulsão de Sheikh Jarrah por ações da entidade colonial Nahalat Shimon.
A corte israelense propôs aos palestinos um status de “residência tutelada” para que suas casas não sejam demolidas, desde que reconheçam a propriedade dos colonos sobre a terra e paguem um aluguel nominal para tanto. As famílias palestinas rejeitaram a proposta.
Analistas descrevem a passividade da corte como iniciativa política do primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, notório por suas posições coloniais de extrema-direita, à espera de sua visita a Washington agendada para agosto.
LEIA: ‘Não os desapontaremos’, insistem facções palestinas a Sheikh Jarrah