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Ataques mataram mais de 700 profissionais da área da saúde nos últimos anos

Hospital Kafr Nubl e ambulância em ruínas, depois de ataque no início de maio de 2019 [ Foto Khalil Ashawi/Unicef]

Mais de 700 profissionais do setor da saúde e pacientes morreram nos últimos três anos em mais de 2,7 mil ataques violentos que aconteceram em diversos países. A maioria ocorreu no Afeganistão, na Síria e em Mianmar.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou esta terça-feira, em Genebra, o resultado da análise sobre ataques a hospitais, centros de saúde e ambulâncias. Segundo o diretor de Intervenções de Emergências de Saúde, a violência fez com que “milhões de pessoas ficassem sem receber cuidados de saúde necessários”.

Saúde Mental  

Altaf Musani expressou grande preocupação com a destruição de centenas de postos de saúde e com as mortes de médicos e enfermeiros. Segundo ele, um entre seis incidentes causou a morte de um paciente ou de um profissional do setor em 2020.

No relatório, a OMS alerta para o impacto desses ataques na saúde mental das pessoas, especialmente no contexto atual da pandemia de Covid-19. Musani explica que muitos profissionais reportaram não ter vontade de retornar ao trabalho e muitos pacientes temem em buscar ajuda nos centros de saúde.

Efeito Cascata  

O representante da OMS cita o “efeito cascata” que um único incidente do tipo pode causar, com consequências a longo prazo para os sistemas de saúde. Musani pede a todos os lados em conflito para garantir segurança nos serviços de saúde, sem vioência, ameaças ou medos.

Ele destaca que “um ataque já é bastante”. A OMS lembra que enquanto o mundo luta para combater a Covid-19, é mais importante do que nunca proteger o sistema de saúde, principalmente nos locais mais vulneráveis.

LEIA: Regime sírio matou 5.200 pessoas em um hospital de Homs, revelam documentos

Publicado originalmente em ONU NEWS

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