O Hamas tem esperanças de que presos políticos mantidos na Arábia Saudita sejam soltos em breve e que suas acusações sejam retiradas pela monarquia, declarou nesta quarta-feira (4) Ismail Haniyeh, líder do movimento palestino.
Em nota, destacou Haniyeh: “Nossas esperanças derivam de posturas históricas do reino em apoio aos palestinos, além da solidariedade do Guardião das Mesquitas Sagradas [Rei Salman] ao povo palestino e sua justa causa”.
Os comentários de Haniyeh sucedem relatos de que cortes sauditas marcaram audiências para tratar da situação de presos palestinos, a partir do próximo domingo (8).
“Esperamos que as audiências acabem com a libertação de todos os prisioneiros palestinos, sobretudo o dr. Mohammed al-Khodari (Abu Hani)”, insistiu Haniyeh.
Al-Khodari, de 82 anos, e seu filho Hani foram detidos no início de 2019. O líder idoso sofre de câncer de próstata e depende de cuidados médicos não fornecidos na prisão.
Em abril, forças de segurança invadiram sua casa e interrogaram sua esposa Wejdan, de 70 anos de idade, ocasião na qual apreenderam seu telefone e a coagiram a assinar um compromisso para que não fale da condição do marido à imprensa.
Em declarações prévias, o Hamas alertou que cerca de sessenta palestinos são mantidos em custódia na Arábia Saudita, incluindo al-Khodari e seu filho.
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