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Ofensiva de Assad afeta refugiados palestinos no sul da Síria, alerta UNRWA

Menina refugiada busca pertences nos escombros do campo de refugiados palestinos de Yarmuk, no subúrbio de Damasco, capital da Síria, 25 de novembro de 2020 [Louai Beshara/AFP via Getty Images]

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) alertou ontem (17) que mais de 30 mil refugiados palestinos ficaram “vulneráveis” após a mais recente ofensiva do regime de Bashar al-Assad e aliados contra Daraa, no sul da Síria.

Em 25 de junho, forças do regime e milícias aliadas sitiaram a cidade de Daraa, após grupos de oposição recusarem-se a entregar armas leves, conforme acordo de 2018, cujos termos previam a rendição apenas de armamentos médios e pesados.

Em comunicado, a UNRWA reportou que o pesado bombardeio de Assad desde 29 de julho deixou mortos, feridos e deslocados entre centenas de famílias vulneráveis e reduziu a capacidade da agência de conceder serviços vitais.

Conforme a nota, mais de 600 famílias de refugiados palestinos — equivalente a três mil pessoas — agora residem dentro ou ao redor do campo; mais da metade das famílias vivem dentro do perímetro, onde as condições humanitárias são bastante precárias.

A UNRWA observou ainda que o fechamento da travessia vital de Saraya, em 30 de julho, exauriu estoques de remédios e alimentos — incluindo pão, desde 2 de agosto. Água e eletricidade também sofrem risco de corte no campo de refugiados.

O trabalho de preparação para o retorno das crianças às escolas da agência foi suspenso devido ao bloqueio e à ofensiva militar.

A entidade humanitária exortou todas as partes em conflito a salvaguardar o acesso humanitário e proteger civis e infraestrutura civil, incluindo instalações e serviços da UNRWA.

“A travessia de Saraya, que permite a passagem de pessoas e bens, deve permanecer aberta para permitir o acesso dos refugiados palestinos a serviços básicos”, enfatizou.

LEIA: Regime e milícias violam breve cessar-fogo em Daraa, na Síria

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