Nesta terça-feira (24), Michelle Bachelet, chefe de direitos humanos das Nações Unidas, exortou potências globais e regionais a usar sua influência junto do Talibã para encorajá-lo a respeitar direitos humanos universais.As informações são da agência Anadolu.
Na abertura de uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos, declarou a alta comissária: “Países de maioria islâmica em particular podem compartilhar suas experiências de sucesso ao implementar normas internacionais de direitos humanos em seus próprios contextos culturais e religiosos”.
Bachelet observou que a rápida captura de grande parte do Afeganistão pelo Talibã, incluindo a capital Cabul, incitou receios de um retorno do passado e alimentou o pânico entre muitos afegãos.
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“Nas últimas semanas, meu escritório recebeu relatórios embasados e assustadores sobre o impacto de violações da lei internacional de direitos humanos sobre a população civil, bem como abusos de direitos humanos, pelas partes em conflito”, reiterou Bachelet.
As violações citadas incluem, entre outras, execuções sumárias de civis e membros das forças de segurança nacional não envolvidos em combate na ocasião.
Abrangem ainda, concluiu Bachelet, restrições aos direitos das mulheres — incluindo seu direito ao livre movimento e acesso à educação —, recrutamento militar infantil e repressão de protestos pacíficos e manifestações de dissidência.