A Argentina comemora nesta segunda-feira, 30 de agosto, o Dia Internacional do Detido Desaparecido para homenagear com diversos atos e iniciativas as mais de 30.000 vítimas deixadas pela ditadura militar entre 1976 e 1983 naquele país.
Os titulares de Educação, Ciência, Cultura: Nicolás Trotta, Roberto Salvarezza, Tristán Bauer e a ministra da Mulher, Gênero e Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, vão estrelar o ato que acontecerá no Parque de la Memoria em homenagem às centenas de argentinos vítimas do terrorismo de Estado, sequestro ou assassinato.
Muitos dos corpos desses compatriotas ainda estão desaparecidos. Por isso, várias atividades serão realizadas em todo o país. Um dos locais planejados é o Museu da Memória da cidade de Rosário.
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A Assembleia Permanente dos Direitos Humanos dessa cidade vai descerrar uma placa alusiva à data no edifício do museu, outrora Comando do II Corpo de Exército, durante a última ditadura.
🇦🇷Día del Detenido-Desaparecido.El Sec d DDHH @pietragallahora encabezará el acto central en el Parque d la Memoria. La comitiva recorrerá el espacio q homenajea a lxs desaparecidos y asesinados x el accionar represivo estatal durante la última dictadura cívico-militar @teleSURtv pic.twitter.com/8tOj2kDGM8
— Carolina Silvestre💚 (@CaroSilvestre) August 30, 2021
Da mesma forma, haverá intervenções nas ruas, onde será exibida uma coleção de livros que narram a vida dos desaparecidos e assassinados de Rosário.
A data foi promovida pela Federação Latino-Americana de Associações de Familiares de Detidos e Desaparecidos. Sua aprovação ocorreu em 2006 na última sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Día Internacional de las Víctimas de Desapariciones Forzadas https://t.co/sT5pl4kGhd pic.twitter.com/A4fbllLpKu
— CTA (@CTAok) August 30, 2021
Nesse sentido, foi aprovado o projeto da Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra os Desaparecimentos Forçados. Dessa forma, todos os dias 30 de agosto, homenagens são prestadas aos desaparecidos, pois é o Dia Internacional das Vítimas do Desaparecimento Forçado.
Além da Argentina, o terrorismo de estado fez muitas vítimas no Chile, Colômbia, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Alguns pesquisadores apontam que o número de desaparecidos na América Latina é de aproximadamente 200.000 pessoas.
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