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Macron da França pede ‘perdão’ a veteranos da Argélia

Presidente da França Emmanuel Macron segura cartaz escrito “Homenagem aos harkis”, durante cerimônia em memória dos argelinos que serviram ao exército francês na Guerra de Independência, no Palácio do Eliseu, Paris, 20 de setembro de 2021 [GONZALO FUENTES/POOL/AFP via Getty Images]

O Presidente da França Emmanuel Macron voltou a pedir “perdão” aos veteranos argelinos que lutaram pela metrópole colonial durante a Guerra de Independência, no país norte-africano, abandonados posteriormente pelas políticas de Paris.

“Em nome da França, digo aos harkis e seus filhos em alto e bom som: a República tem uma dívida com vocês”, disse Macron durante cerimônia realizada no Palácio do Eliseu, em homenagem aos combatentes argelinos desgarrados.

“Aos combatentes, desejo expressar minha gratidão; jamais esqueceremos”, prosseguiu Macron. “Aos combatentes abandonados, suas famílias que sofreram nos campos e nas prisões, peço perdão; jamais esqueceremos”.

Durante a cerimônia, o presidente francês prometeu propor um projeto de lei para reconhecer e indenizar os veteranos argelinos antes do fim do ano.

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Segundo Macron, a França “ignorou suas obrigações” para com os harkis.

Os harkis são ex-combatentes nativos, estimados em até 200 mil pessoas, que lutaram ao lado do exército francês durante a Guerra da Independência da Argélia, entre 1954 e 1962.

Apenas 42 mil receberam autorização para migrar à França, após o fim do conflito. Contudo, foram então instalados pelo governo europeu em “campos temporários”, sob racismo sistêmico e condições de vida bastante precárias.

Macron deseja reeleger-se nas eleições previstas para abril do próximo ano.

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