A França sediará uma conferência internacional sobre a Líbia em 12 de novembro, às vésperas das eleições no país norte-africano em 24 de dezembro, confirmou ontem (20) o chanceler francês Jean-Yves Le Drian, segundo informações da agência Reuters.
Co-organizada por Alemanha e Itália, a conferência terá como objetivo assegurar o respeito ao calendário eleitoral previsto e debater a saída de combatentes estrangeiros do território africano rico em petróleo, enfatizou Le Drian.
A Líbia permanece assolada por violência e caos desde 2011, quando um levante popular levou a intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e deposição do ditador Muammar Gaddafi, após quatro décadas de poder.
Desde então, as profundas divisões no país culminaram em dois centros de poder: o Governo de União Nacional, em Trípoli, reconhecido internacionalmente; e o parlamento em Tobruk, na porção oriental, sob liderança do general renegado Khalifa Haftar.
A situação escalou em 2019, quando Haftar lançou uma campanha militar para capturar a capital. Um ano depois, o Governo de União Nacional declarou sua vitória.
No primeiro semestre deste ano, a Líbia vivenciou uma série de avanços políticos sob mediação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 16 de março, um acordo entre as partes instituiu uma autoridade transicional eleita indiretamente, composta pelo Governo de União Nacional e um Conselho Presidencial, para liderar o país a eleições legislativas e executivas em dezembro próximo.
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