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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

AIPAC revolta-se com remoção de US$1 bi de pacote militar dos EUA

Logotipo da AIPAC durante conferência política em Washington DC, Estados Unidos, 25 de março de 2019 [Andrew Harrer/Bloomberg via Getty Images]

O Comitê de Assuntos Públicos Israelo-Americano (AIPAC) — proeminente grupo de lobby sionista — condenou ontem (21) a remoção de US$1 bilhão de um pacote militar dos Estados Unidos destinado ao sistema de defesa israelense Domo de Ferro.

A declaração da AIPAC sucedeu a supressão de uma cláusula da lei preventiva de gastos pela Câmara dos Representantes em Washington, após congressistas social-democratas contestarem a tramitação do projeto e ameaçarem obstruí-lo.

Em nota indignada no Twitter, alegou o grupo de interesse: “Extremistas no Congresso brincam de política com vidas israelenses e palestinas”

“Pedir a remoção de recursos a um sistema de defesa que salva vidas é uma afronta a nossos valores, impõe risco de maiores conflitos e contradiz o compromisso feito por Joe Biden [presidente dos EUA], com apoio de sua liderança parlamentar”, acrescentou.

AIPAC revolta-se com remoção de US$1 bi de pacote militar dos EUA

Insistiu o lobby sionista: “É simples — o Domo de Ferro salva vidas. Obstruir recursos ao Domo de Ferro ajuda terroristas [sic] a matar civis”.

Segundo um relatório de 2020 compilado pelo Serviço de Pesquisa do congresso americano, os Estados Unidos já forneceram ao menos US$1.6 bilhões a Israel para o Domo de Ferro.

O volume de recursos reflete o persistente apoio suprapartidário a Israel.

Enquanto isso, a população civil de Gaza — sob cerco militar — não possui qualquer sistema de defesa diante das bombas avançadas disparadas regularmente pela ocupação.

Durante a ofensiva de maio contra a Faixa de Gaza, Israel lançou cerca de 4.500 mísseis do Domo de Ferro, supostamente para interceptar foguetes palestinos. Os bombardeios ordenados por Tel Aviv mataram ao menos 260 civis — incluindo 65 crianças.

LEIA: ‘Levantar o cerco a Gaza e reconstruir território são direitos não negociáveis’, diz chefe do Comitê Popular Internacional de Apoio à Palestina

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