A Corrente de Reforma liderada pelo líder demitido do Fatah, Mohammad Dahlan, ficou chocado com a recusa do Egito em aceitar a transferência de seu escritório de Abu Dhabi para o Cairo, informou o Al-Quds Al-Arabi na sexta-feira.
Fontes próximas a Dahlan revelaram que muitos de seus assessores foram chamados de volta a Abu Dhabi para uma reunião que durou vários dias para discutir o futuro político após o adiamento das eleições palestinas, que Dahlan esperava usar para reingressar na política palestina.
Cerca de 30 pessoas do Egito, Líbano, Gaza e Europa puderam viajar aos Emirados Árabes e comparecer ao encontro, enquanto outros não. Alguns não foram convidados intencionalmente, pois Dahlan duvidou de sua lealdade devido às alegações de que contataram os líderes do Fatah.
O futuro da atualidade, sua organização e as tentativas de atrair membros do Fatah foram alguns dos temas discutidos durante o encontro.
A corrente sofreu uma onda de deserção de seus membros para o Fatah após a normalização entre Israel e os Emirados Árabes, que hospeda Dahlan e oferece a ele apoio financeiro.
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Algumas das principais questões discutidas durante a reunião foram as diferenças entre os líderes atuais em Gaza.
Durante a reunião, foi proposta a mudança do nome, mas a maioria dos presentes rejeitou a mudança argumentando que qualquer novo nome que não incluísse o Fatah causaria mais prejuízos para o atual, que se considera uma ação de reforma do Fatah.
A questão dos líderes seniores que desertam e voltam para o Fatah também foi discutida.
As fontes disseram ao Al-Quds Al-Arabi que essa é a questão mais preocupante para Dahlan, que surgiu quando vários líderes pediram para voltar ao Fatah e foram aceitos. “Dahlan tem medo de que outros sigam o mesmo caminho”, revelaram as fontes.