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Chefe da ONU: Marrocos nega se retirar do posto fronteiriço de Guerguerat

Um oficial do exército marroquino caminha perto da fronteira em Guerguerat, localizada no Saara Ocidental, em 26 de novembro de 2020, após a intervenção das forças armadas reais marroquinas na região. [FADEL SENNA/AFP via Getty Images].

O Secretário Geral das Nações Unidas António Guterres revelou que o Marrocos se recusou a se retirar do posto fronteiriço de Guerguerat.

O governo marroquino disse que Guterres estava se referindo a uma carta enviada pelo rei Mohammed VI em 21 de novembro de 2020 na qual ele confirmou o caráter “irreversível” da intervenção pacífica realizada pelo Marrocos no posto fronteiriço de Guerguerat para restaurar a liberdade de movimento civil e comercial, e a adesão do reino ao cessar-fogo.

Segundo o governo marroquino, o chefe da ONU disse que a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO) informou à Polisario que sua presença em Guerguerat constitui uma violação do Acordo Militar nº 1 e exigiu a retirada do pessoal militar e dos veículos do grupo da zona tampão.

Marrocos está em conflito com o grupo separatista argelino Polisario sobre o Saara Ocidental desde 1975, após o fim da ocupação espanhola. O conflito transformou-se em um confronto armado que durou até 1991 e terminou com a assinatura de um acordo de cessar-fogo.

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Rabat insiste no seu direito de governar a região, mas propõe um governo autônomo no Saara Ocidental sob sua soberania, mas a Frente Polisario quer um referendo para deixar o povo determinar o futuro da região. A Argélia tem apoiado a proposta da Frente e acolhe refugiados da região.

O cessar-fogo de 1991 chegou ao fim no ano passado depois que Marrocos retomou as operações militares na travessia de El Guergarat, uma zona tampão entre o território reivindicado pelo Estado de Marrocos e a autodeclarada República Árabe Saaraui Democrática, o que a Polisario disse ser uma provocação.

Ao lançar a operação, Marrocos “minou seriamente não apenas o cessar-fogo e os acordos militares relacionados, mas também quaisquer chances de alcançar uma solução pacífica e duradoura para a questão da descolonização do Saara Ocidental”, disse Brahim Ghali, líder da Frente Polisario, em carta à ONU.

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