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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Romancista irlandesa premiada se recusa a publicar novo romance em hebraico

Sally Rooney, romancista, no Hay Festival, em 28 de maio de 2017, em Hay on Wye, Reino Unido [David Levenson/Getty Images]
Sally Rooney, romancista, no Hay Festival, em 28 de maio de 2017, em Hay on Wye, Reino Unido [David Levenson/Getty Images]

A romancista irlandesa mais vendida e premiada, Sally Rooney, decidiu não publicar seu novo romance em hebraico, dizendo que apoia o boicote cultural a Israel, disseram ontem o Haaretz e outras reportagens da mídia.

O novo romance de Rooney, Beautiful World, Where Are You?, explora a vida e o romance dos intelectuais e urbanos da geração Y e liderou a lista dos mais vendidos do New York Times quando foi publicado em setembro.

A Modan Publishing House, que publicou dois livros para Rooney, disse ao Haaretz que Rooney não permitirá que seu novo livro seja publicado em hebraico, porque apoia o boicote a Israel.

Rooney, 30, tem sido aberta sobre sua oposição a Israel, disse o jornal, apontando que ela foi uma de muitos artistas a assinar uma carta em julho acusando Israel de apartheid e pedindo seu isolamento internacional após a ofensiva de maio em Gaza.

A carta pedia “o fim do apoio fornecido por potências globais a Israel e seus militares; especialmente aos Estados Unidos”, relatou o Haaretz, e aos governos “a cortar as relações comerciais, econômicas e culturais”.

O Daily Mail informou que Rooney não é a primeira autora proeminente a se recusar a publicar um livro em hebraico, observando que Alice Walker não permitiu que The Color Purple fosse traduzido para o hebraico em 2012.

A Irlanda tem uma história de sentimento pró-palestino, devido ao que muitos cidadãos irlandeses veem como um elo cultural para suas lutas contra os britânicos, disse o Daily Mail.

O conselho da cidade de Dublin aprovou resoluções em 2018 endossando um boicote a Israel e pedindo a expulsão do embaixador israelense na Irlanda.

LEIA: O poder não derrota a memória: entrevista com o artista palestino Hazem Harb

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