O plano de expulsar dez embaixadores ocidentais da Turquia foi evitado devido às negociações diplomáticas secretas de Ancara com os Estados Unidos, foi revelado.
Depois de dez embaixadores ocidentais – dos EUA, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, Alemanha, Nova Zelândia, Noruega e Suécia – emitirem uma declaração conjunta pedindo a libertação do empresário e ativista turco detido Osman Kavala, o presidente Recep Tayyip Erdogan declarou-os “persona non grata” e ameaçou expulsá-los do país.
Essa medida arriscava seriamente a tensão nas relações entre a Turquia e as nações ocidentais, em geral, aumentando as tensões já existentes que se acumularam nos últimos anos.
Os planos para expulsar os enviados foram cancelados ontem, porém depois que eles reafirmaram o artigo 41 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que garante a não ingerência nos assuntos internos do país anfitrião.
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A organização de notícias londrina Middle East Eye, que citou fontes oficiais turcas anônimas, revelou agora que a potencial crise diplomática foi realmente evitada devido ao fato de que as autoridades presidenciais turcas conversaram com diplomatas americanos e chegaram a um acordo.
Conforme esse acordo, o enviado dos EUA e os outros signatários da declaração em Kavala reafirmaram seu compromisso de não interferir nos assuntos internos e investigações judiciais da Turquia.
Em seguida, a embaixada dos Estados Unidos na Turquia divulgou um comunicado no Twitter dizendo que “os Estados Unidos observam que mantêm conformidade com o Artigo 41 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”. Algumas das outras embaixadas divulgaram uma declaração semelhante, enquanto as outras retweetaram a dos Estados Unidos.
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