A União Europeia reafirmou hoje (29) seus apelos para que Israel suspenda planos de expandir assentamentos ilegais nos territórios palestinos ocupados, ao advertir que qualquer nova mudança nas fronteiras pré-1967, sem acordo prévio, será rejeitada pelo bloco.
“Os assentamentos são ilegais segundo a lei internacional e representam um obstáculo majoritário à solução de dois estados e a uma paz justa, abrangente e duradoura”, declarou em nota o escritório de Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia.
Ao enfatizar seu veemente repúdio à expansão dos assentamentos, o bloco prometeu não reconhecer mudanças unilaterais ao paradigma de 1967, incluindo Jerusalém.
O comunicado então exortou o governo israelense a revogar a recente aprovação de novas unidades coloniais na Cisjordânia ocupada, que antagonizam iniciativas em curso para reduzir tensões e retomar negociações entre as partes em confronto.
“A União Europeia continuará a exercer seu papel para apoiar medidas direcionadas a uma paz sustentável entre palestinos e israelenses”, acrescentou a nota.
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No domingo (24), o Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina Mohammad Shtayyeh descreveu os planos de Tel Aviv como “agressão flagrante contra nossas terras”.
Não obstante, o Conselho Supremo de Planejamento de Israel decidiu na quarta-feira (27) avançar com as obras de 3.144 unidades coloniais em terras ocupadas.
Há hoje 13 assentamentos exclusivamente judaicos em Jerusalém Oriental e 253 na Cisjordânia, abrigando mais de 660 mil colonos ilegais. Sob a lei internacional, ambos os territórios são considerados “ocupados” — todos os assentamentos são, portanto, ilegais.