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Egito põe prisioneira política junto de criminosos comuns, alerta ong de direitos humanos

Detentos em uma cadeia do Egito, 19 de novembro de 2019 [MOHAMED EL-SHAHED/AFP/Images]

A Rede Egípcia para Direitos Humanos (REDH) documentou detalhes de violações contra a prisioneira política Tawqa Abdel Basser Abdullah.

A estudante da Universidade do Cairo, de 24 anos, foi presa em uma estação de metrô, em 9 de junho de 2019, e permaneceu desaparecida por 17 dias, quando então ressurgiu na sede da Promotoria Pública, acusada de ser filiada à “Coalizão da Esperança”.

A Coalizão da Esperança foi uma breve aliança política composta por ex-parlamentares, jornalistas, empresários e estudantes que queriam concorrer às eleições legislativas de 2020.

Diversos correligionários, como Ziad Al-Alamy e Ramy Shaath, foram presos desde então.

Tawqa permaneceu detida por duas semanas, à espera de uma “investigação”, e então foi transferida à penitenciária feminina de Qanater, onde foi alocada na ala de criminosos comuns, ao invés do setor reservado a prisioneiros políticos.

Em 20 de julho de 2019, Tawqa deu início a uma greve de fome, para protestar contra suas condições de custódia — incluindo uma cela superlotada com prisioneiras fumantes.

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Em represália, Tawqa foi acusada de formar uma “célula terrorista” dentro de Qanater, comunicar-se com militantes fora da prisão e atrair apoiadores.

Seu advogado Ahmed Helmy solicitou à promotoria evidências e detalhes dos encontros clandestinos, incluindo datas e identificação dos supostos contatos. Todavia, seus pedidos foram indeferidos e Tawqa permaneceu investigada por outros cinco meses.

O próprio Helmy foi convocado e acusado de “insultar” o judiciário, após submeter um memorando à Promotoria Pública para registrar as violações contra sua cliente.

Em 7 de fevereiro de 2021, a Câmara de Consulta do Tribunal Penal emitiu uma decisão para libertar a estudante. Entretanto, o regime do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi levantou novas acusações, a fim de mantê-la encarcerada.

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