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Mesquitas do Egito têm dez dias para extinguir ‘dízimo’

Fiéis muçulmanos realizam orações no pátio da Mesquita de al-Azhar, no Cairo, capital do Egito, 28 de agosto de 2020 [MOHAMED EL-SHAHED/AFP/Getty Images]

O Ministério de Awqaf do Egito — isto é, recursos religiosos — ordenou na sexta-feira (5) que todas as mesquitas do país removam suas caixas de doações.

“É proibido coletar qualquer dinheiro, doações ou ajuda financeira nas mesquitas, por qualquer razão, e é estritamente proibido a qualquer grupo ou indivíduo instalar caixas de doações dentro ou fora das mesquitas do país”, determina o decreto.

Mukhtar Gomaa, ministro da pasta, deu dez dias às mesquitas para cumprir a ordem.

Doações em dinheiro terão agora de seguir um processo específico, no qual transferências serão feitas ao Fundo de Obras para Templos e Mesquitas, agência subsidiária do Banco Central.

Em entrevista concedida à emissora Extra News, no último sábado (6), o chefe do departamento eclesiástico do ministério, Hisham Abdel Aziz, argumentou que o objetivo das restrições é “alcançar o mais alto nível de transparência”.

Abdel Aziz reiterou que a decisão não proíbe as doações, mas sim regulamenta o processo.

“A medida surge à luz da maior inclusão e digitalização das finanças”, acrescentou.

Também no sábado, em entrevista à DMC TV, Khaled el-Jundi, membro do Conselho Supremo de Assuntos Islâmicos, enalteceu a iniciativa e insistiu que as caixas de doações impõem “ameaça à segurança nacional”.

Há receios, no entanto, de que os recursos sejam desviados das mesquitas.

LEIA: Egito proíbe a entrada de livros sobre a Irmandade Muçulmana em mesquitas

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