O Conselho de Transição do Sul (CTS), grupo separatista que recebe apoio dos Emirados Árabes Unidos, rejeitou as recentes indicações do Presidente do Iêmen Abd Rabbuh Mansur Hadi às companhias petrolíferas estatais do país assolado pela guerra.
No sábado (6), Hadi incumbiu Ammar Nasser al-Awlaki e Mohammed Yaslam de administrar a Companhia de Petróleo Nacional e a Companhia de Refinarias de Aden, respectivamente.
“O CTS rejeita as decisões de Hadi e todas as suas consequências”, declarou Ali al-Kathiri, porta-voz do grupo, em sua página do Twitter, ao apontar suposta violação dos Acordos de Riad, em detrimento de sua completa implementação.
Na terça-feira (2), o Ministro do Petróleo Abdulsalam Baaboud nomeou Saleh al-Jariri para gerir a Companhia de Petróleo de Aden, ao suceder o governador da cidade, Ahmed Lamlas.
O acordo promovido pela Arábia Saudita e mediado pela ONU, assinado em 5 de novembro de 2019, estabeleceu um regime de compartilhamento de poder no Iêmen, entre o governo reconhecido internacionalmente e o movimento separatista.
Todavia, nenhum outro progresso foi feito sobre a integração de grupos paramilitares ao exército nacional. O CTS ainda detém controle de segurança sobre a cidade estratégica de Aden, além de outras áreas no sul do país.
O Iêmen — nação mais pobre do Oriente Médio — é assolado pela guerra desde 2014, quando rebeldes houthis, ligados a Teerã, depuseram o regime e tomaram a capital Sanaa. Pouco depois, a Arábia Saudita decidiu intervir a favor do governo aliado.
Após anos de conflito, os houthis mantêm poder sobre os principais centros urbanos.