Nesta terça-feira (9), estudantes realizaram um protesto em frente ao campus da Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres (LSE), devido a um evento organizado pela Sociedade de Debates, que recebeu a embaixadora israelense Tzipi Hotovely.
A organização LSE for Palestine convocou o ato, ao denunciar a representante sionista por discurso de ódio, por “negar consistentemente a Nakba [em árabe, catástrofe], assim como os direitos humanos e políticos do povo palestino”.
Nakba é a palavra utilizada pelos palestinos para referir-se à criação do Estado de Israel, em 1948, e subsequente ocupação e expropriação de suas terras, via limpeza étnica.
A entidade estudantil observou que Hotovely, enquanto ministra inaugural da pasta responsável pela expansão colonial israelense, “contribuiu para a opressão material dos palestinos, ao planejar e deferir assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada”.
“Recebê-la em nosso campus constitui uma tentativa de legitimar seus pontos de vista abertamente racistas, como se estivessem, de algum modo, abertos ao debate”, acrescentou em comunicado os universitários britânicos.
Os manifestantes se reuniram às 17 horas em frente ao prédio e mantiveram seu ato até o fim do evento. Hotovely foi então escoltada por seguranças na saída do local.
Amazing.
Israeli ambassador Tzipi Hotovely was forced to flee London’s LSE university after students protested her presence and refused to give her a platform. This is how colonial war criminals must be treated everywhere. #FreePalestine pic.twitter.com/SuInl4tna0
— Hadi Nasrallah (@HadiNasrallah) November 9, 2021
‘Incrível! Embaixadora israelense é forçada a fugir da LSE … É assim que criminosos de guerra devem ser tratados em todo lugar’, enfatizou o pesquisador Hadi Nasrallah
Um grupo de estudantes também retirou-se do debate, para “assinalar sua recusa em legitimar a violência imposta pela embaixadora através de sua retórica, além do brutal regime de apartheid a que ela representa”, segundo a entidade estudantil.
“Hotovely tem plataforma e poder como oficial de governo; porém, nós — estudantes — também temos poder para fazer a diferença. Essa universidade pertence a nós”, enfatizou um dos ativistas que mobilizou a manifestação.