O movimento palestino Hamas rechaçou nesta sexta-feira (19) os planos do Reino Unido de designá-lo “organização terrorista”, segundo informações da agência Anadolu.
Em nota, o grupo de resistência argumentou que o governo britânico continua a “favorecer os agressores [israelenses] em detrimento das vítimas [palestinas]”.
“Resistir à ocupação por todos os meios possíveis, incluindo resistência armada, é um direito consagrado pela lei internacional”, acrescentou. “A ocupação é o verdadeiro terrorismo. Assassinar e expulsar o povo nativo, destruir casas e prendê-los é o verdadeiro terrorismo”.
O Hamas exortou então a comunidade internacional — incluindo Londres — a abandonar sua postura de “dois pesos e duas medidas” sobre a ocupação na Palestina.
A Secretária do Interior do Reino Unido Priti Patel deve criminalizar o Hamas ainda hoje, ao mencionar “vínculos com terrorismo e antissemitismo”.
Desde 2001, o país europeu considera o braço armado do Hamas — as Brigadas Ezzedin al-Qassam — como organização terrorista, mas não inclui o gabinete político do movimento, que efetivamente governa Gaza, em sua designação.
Em sua página do Twitter, Naftali Bennett celebrou a decisão britânica. “Agradeço a intenção do Reino Unido de declarar o Hamas como organização terrorista em sua totalidade, pois é exatamente isso que ele é”, escreveu o premiê israelense.
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