A Ministra da Igualdade da Catalunha, Tania Verge, instou o governo espanhol na sexta-feira a cuidar melhor de um grupo de 39 palestinos que solicitaram asilo no aeroporto de Barcelona no início desta semana, informou a Agência de Notícias Anadolu.
“Lembramos ao Estado que o dever de proteger é uma obrigação internacional e exigimos que as autoridades dêem a essas pessoas acesso ao programa de acolhimento do estado enquanto seus pedidos de asilo estão sendo processados”, disse ela em um comunicado.
Na segunda-feira, 39 palestinos com passaportes libaneses aproveitaram uma escala de vôo em Barcelona para solicitar asilo na Espanha. O vôo deles decolou do Cairo com destino a Quito, no Equador.
A mídia espanhola informou que eles estão presos no aeroporto por dias enquanto seus casos são processados.
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De acordo com os jornais espanhóis Nius e ABC, 10 pessoas ainda estão no aeroporto, enquanto 29 foram recentemente levadas a centros mantidos pela Cruz Vermelha.
No início deste mês, outra tentativa dramática de migração ocorreu no aeroporto próximo de Palma de Maiorca.
Durante um vôo do Marrocos para a Turquia, um passageiro supostamente fingiu uma emergência médica que obrigou o avião a fazer um pouso de emergência na ilha espanhola.
Quando a ambulância veio buscar o passageiro, um grupo de cerca de 25 pessoas escapou do avião para a pista, fazendo com que o movimentado aeroporto ficasse fechado por horas.
Até sexta-feira, a polícia prendeu 16 das pessoas que fugiram do avião, enquanto nove ainda estão foragidas. De acordo com a mídia espanhola, a polícia está considerando acusá-los de crimes tão graves quanto sedição.
Embora os aeroportos sejam uma forma comum de os requerentes de asilo chegarem à Espanha, especialmente para aqueles que viajam da América Latina, muitas vezes é difícil, ou mesmo impossível, para pessoas de outros países fazerem o mesmo. Indivíduos de 28 países, incluindo Afeganistão, Síria, Mali e Palestina, devem apresentar vistos até mesmo para transitar pela Espanha por via aérea.
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Essa é uma das razões pelas quais milhares de migrantes e refugiados recorrem a meios de migração mais perigosos, como pegar barcos pequenos e superlotados do noroeste da África para as Ilhas Canárias.
No final de agosto, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrou 785 mortes na rota, incluindo 177 mulheres e 50 crianças. A ONG espanhola Caminando Fronteras estimou em julho que o número estava perto de 2.000 pessoas.
Somente na última semana, as autoridades espanholas descobriram pelo menos 10 pessoas que morreram tentando chegar às ilhas.