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Negar assento na ONU aos afegãos contrapõe a justiça, afirma Talibã

Suhail Shaheen, negociador do grupo Talibã, durante coletiva de imprensa em Moscou, 9 de julho de 2021 [DIMITAR DILKOFF/AFP via Getty Images]
Suhail Shaheen, negociador do grupo Talibã, durante coletiva de imprensa em Moscou, 9 de julho de 2021 [DIMITAR DILKOFF/AFP via Getty Images]

O governo interino do Afeganistão protestou nesta quinta-feira (2) contra a decisão do Comitê de Credenciais de não permitir que seu embaixador seja restabelecido à Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo informações da agência Anadolu.

A comissão composta por nove integrantes indeferiu na quarta-feira (1°) as solicitações do regime talibã instaurado em Cabul, além da junta militar de Mianmar.

“A decisão não se baseia em regras legais ou princípios de justiça, pois furtam da população seus direitos legítimos”, afirmou Suhail Shaheen, indicado afegão ao assento na ONU.

Anna Enestrom, embaixadora da Suécia no fórum internacional, que presidiu o encontro do Comitê de Credenciais, responsável por analisar a representação diplomática dos estados-membros, confirmou à imprensa a negativa aos pedidos de ambos os países.

A recusa significa que Afeganistão e Mianmar não terão participação nas discussões das Nações Unidas, até a próxima sessão da Assembleia Geral, em setembro de 2022.

“Esperamos que esse direito seja conferido ao representante do governo afegão no futuro próximo, para que possamos solucionar efetivamente questões relevantes ao povo afegão e manter uma interação positiva com o mundo”, escreveu Shaheen no Twitter.

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Enquanto isso, o país centro-asiático é assolado por uma crise humanitária, após 20 anos de guerra, agravada pelo congelamento de suas reservas internacionais, sob ordens do governo democrata de Joe Biden, nos Estados Unidos.

Diversas organizações internacionais já alertaram para o iminente desastre humanitário, ao passo que o sistema financeiro do Afeganistão vivencia um colapso.

O governo afegão removeu seu embaixador das Nações Unidas após o Talibã recapturar o país, em meio à saída das forças estrangeiras lideradas por Washington, em agosto.

A junta militar de Mianmar — que conduziu um golpe de estado em fevereiro deste ano — também condenou a decisão do Comitê de Credenciais das Nações Unidas.

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