Promotores alemães exigiram ontem a prisão perpétua para um ex-oficial do serviço de inteligência do regime sírio por “cometer crimes contra a humanidade”.
Anwar Raslan, 58, enfrenta acusações de supervisionar a morte de 58 pessoas e torturar outras 4.000 no Centro de Detenção Al-Khatib, localizado na capital síria, Damasco, durante o período entre 29 de abril de 2011 e 7 de setembro de 2012.
Ele havia solicitado asilo na Alemanha, depois de desertar do regime sírio em 2012.
A Alemanha está investigando atualmente mais de 12 casos relacionados a crimes cometidos na Síria, de acordo com a organização de direitos humanos Redress.
Milhares de refugiados sírios, incluindo vítimas e perpetradores, fugiram para a Alemanha em 2015, quando o país abriu suas fronteiras.
O diretor do Programa Internacional de Crimes e Responsabilidade do Centro Europeu de Direitos Constitucionais e Humanos, com sede em Berlim, Andreas Schüller, disse recentemente que há “muitas pessoas que estão pedindo justiça”.
Esse julgamento é considerado um precedente global para responsabilizar o regime sírio por crimes de tortura.
LEIA: Alemanha e Dinamarca repatriam dezenas de mulheres e crianças do campo da Síria