Quatro crianças e uma mulher ficaram feridas em um ataque ao amanhecer contra um campo para deslocados internos administrado pela ONU no distrito de Ma’rib Al-Wadi, no Iêmen, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na quinta-feira, conforme relatou a Agência Anadolu.
A OIM exortou urgentemente todas as partes no conflito a respeitarem o Direito Internacional Humanitário e a protegerem a vida dos civis.
“Famílias fugiram para salvar suas vidas e vieram a este local em busca de segurança contra as hostilidades em curso. Os civis nunca deveriam ser um alvo”, disse a chefe da missão da OIM no Iêmen, Christa Rottensteiner.
Os feridos, um dos quais em estado crítico, foram levados a um hospital próximo para tratamento.
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A OIM disse que suas equipes estão garantindo que a família afetada receba cuidados médicos e outros tipos de assistência urgentes.
O local de deslocamento de Al-Hamma abriga cerca de 250 famílias compostas de cerca de 1.500 pessoas.
A OIM disse que fornece abrigo, itens essenciais de socorro, água, saneamento e serviços de higiene desde 2019.
Nenhum funcionário da OIM ficou ferido no ataque.
O Iêmen foi engolfado pela violência e instabilidade desde 2014, quando rebeldes houthis alinhados com o Irã tomaram grande parte do país, incluindo Sana’a.
Uma coalizão liderada pelos sauditas com o objetivo de restabelecer o governo iemenita piorou a situação, causando uma das piores crises humanitárias do mundo.
Quase 80 por cento da população, ou cerca de 30 milhões, precisam de assistência humanitária e proteção, e mais de 13 milhões de pessoas estão em perigo de fome, de acordo com estimativas da ONU.
Um relatório recente da ONU projetou que, até o final do ano, o número de mortos no conflito iemenita de sete anos chegará a 377.000.
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