Um eventual retorno ao acordo nuclear iraniano é melhor do que não ter acordo algum, afirmou Aharon Haliva, chefe de inteligência militar de Israel.
Durante uma reunião, segundo o jornal The Jerusalem Post, Haliva insistiu que as restrições ao programa atômico da república islâmica, sob o pacto internacional, são melhores para Israel do que o descumprimento absoluto dos termos propostos.
Seus argumentos, no entanto, opõem-se à posição de David Barnea, chefe do serviço secreto Mossad, que declina a possibilidade de qualquer acordo.
Na segunda-feira (3), o Ministro de Relações Exteriores de Israel Yair Lapid expressou sua oposição à retomada do tratado, ao argumentar que as negociações realizadas em Viena, capital da Áustria, para restaurá-lo “não alcançarão um resultado adequado”.
“Não somos contra qualquer acordo”, acrescentou o chanceler. “Estamos negociando com as superpotências e conduzindo debates sobre o que realmente é um bom acordo. Há atenção de todo o mundo sobre a posição israelense”.
A oitava rodada de negociações começou em 28 de dezembro.
Em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump revogou unilateralmente o pacto, assinado três anos antes, e restituiu duras sanções contra a república islâmica. Teerã respondeu ao reduzir gradualmente seu compromisso com as restrições atômicas.
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