Oito estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo Irã e Venezuela, perderam seu direito ao voto devido a dívidas em aberto, segundo documentos divulgados nesta quarta-feira (12). As informações são da agência de notícias Anadolu.
Em uma mensagem compartilhada em 11 de outubro, o secretário-geral António Guterres identificou 11 países como inadimplentes, conforme termos estabelecidos pela Carta das Nações Unidas, dentre os quais: Antígua e Barbuda, Comoros, República do Congo, Guiné, Papua Nova Guiné, São Tomé e Príncipe, Sudão, Vanuatu, Irã e Venezuela.
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O documento fundador determina que os membros endividados há dois ou mais anos podem perder seu direito ao voto. Entretanto, a Assembleia Geral pode “permitir que o membro vote caso sinta que a inadimplência decorre de condições alheias ao controle do país”.
Tais exceções foram concedidas às nações africanas de Comoros, São Tomé e Príncipe e Somália, ao fim da 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O Irã tem de quitar o valor mínimo de US$18 milhões para reaver seus direitos, enquanto a Venezuela enfrenta a soma de quase US$40 milhões. O Sudão, em persistente crise política, deve pagar US$300 mil. Todas as suspensões entraram em vigor imediatamente.
Trata-se do segundo ano consecutivo no qual Teerã não pode votar nas Nações Unidas. Seus direitos foram restaurados em julho, após efetuar um pagamento; contudo, sob queixas das sanções dos Estados Unidos, ainda em curso, com impacto severo à economia do país.