A Síria e a China assinaram um memorando de entendimento sobre uma série de questões, trazendo Damasco para a iniciativa da Rota da Seda de Pequim.
Em reunião no prédio da Comissão de Planejamento e Cooperação Internacional, na capital síria, ontem, o acordo foi assinado pelo chefe da Comissão de Planejamento e Cooperação Internacional, Fadi Al-Khalil, e pelo embaixador chinês, Feng Biao.
Sob a iniciativa global da China chamada “Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século XXI”, o país pretende trazer outras nações para sua influência hegemônica criando parcerias com elas e investindo em suas infraestruturas e economias.
Desde 2013, Pequim já lançou projetos sob a iniciativa em mais de 140 países em quatro continentes, com destaque para Paquistão, Cazaquistão, Afeganistão, Irã, Iraque, Áustria, Bielorrússia e a maioria das nações africanas.
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Com a adesão da Síria à iniciativa, o governo de Bashar Al-Assad poderia agora ter acesso a uma cooperação mais ampla com a China e outros países parceiros nas áreas de comércio, tecnologia, transporte, economia, movimentação de indivíduos e diversas indústrias.
Também poderia permitir que o regime de Assad contornasse mais facilmente as sanções impostas pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais, pois a iniciativa daria mais acesso a redes em outros países com o apoio de Pequim.
Na semana passada, Assad pediu a expansão do ‘Eixo da Resistência’, a aliança de Estados e atores não estatais que supostamente se opõem ao Ocidente, e muitos podem ver o memorando de entendimento assinado entre a Síria e a China como parte da tentativa de manifestação de Assad acerca desse objetivo.