A família do detido palestino Hisham Abu Hawash disse na quinta-feira que ele foi infectado com covid-19 no Hospital israelense Assaf Harofeh e está sofrendo de sintomas graves, informou a Agência Anadolu.
Hisham está recebendo tratamento no hospital israelense, depois de iniciar uma greve de fome que durou 141 dias, em rejeição à sua detenção administrativa, antes de suspendê-la na semana passada.
“O hospital informou à esposa de Hisham que seu marido está infectado com covid-19 e pediu que ela deixasse a enfermaria onde ele estava sendo tratado”, disse Imad Abu Hawash, irmão de Hisham, em comunicado à Agência Anadolu.
Ele acrescentou que Hisham sofre de fortes dores de cabeça e nas costas desde quarta-feira, alertando que sua saúde está se deteriorando.
Abu Hawash responsabilizou o Hospital Assaf Harofeh pelo estado de saúde de seu irmão, uma vez que não tomou nenhuma medida de cuidado especial em favor dele, devido à sua baixa imunidade por causa da greve.
Em 5 de janeiro, Hisham suspendeu uma greve de fome na prisão israelense, que durou 141 dias, para protestar contra sua detenção administrativa, depois de chegar a um acordo para libertá-lo em 26 de fevereiro.
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Abu Hawash é pai de cinco filhos. Ele é da cidade de Dura, a oeste da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia. Ele foi preso em 27 de outubro de 2020 e transferido para prisão administrativa (sem acusação, podendo chegar até seis meses com possibilidade de prorrogação).
Há alguns dias, o Clube de Prisioneiros da Sociedade Palestina (PPSMO, na sigla em inglês) anunciou que 15 prisioneiros foram infectados com covid-19, incluindo sete prisioneiras.
O número de prisioneiros palestinos em prisões de ocupação até o final de dezembro passado chegou a cerca de 4.600, incluindo cerca de 500 presos administrativos, 34 prisioneiras e 160 menores, segundo instituições que trabalham em assuntos de prisioneiros.