A Agência das Nações para Refugiados Palestinos, Unrwa, lançou nesta terça-feira seu plano de assistência humanitária para 2022. Neste ano, a meta é conseguir com a comunidade internacional um financiamento de US$ 1,6 bilhão para ajudar palestinos que vivem na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Síria e Líbano.
Cumprindo um mandato da Assembleia Geral da ONU, a Unrwa fornece assistência vital a milhões de palestinos nos setores de educação, saúde e alimentação.
Momento crítico
Ao lançar o apelo, o comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini, declarou que a “comunidade internacional reconhece o papel indispensável da agência em contribuir para a estabilidade no Oriente Médio”.
Ele espera que em 2022, este reconhecimento se traduza no nível adequado de financiamento em um momento crítico aos refugiados palestinos. Lazzarini mencionou que ao longo dos anos, a Unrwa vem sofrendo com cortes no orçamento, o que prejudica o bem estar dos civis beneficiados pelo trabalho da agência.
A Covid-19 continua ampliando os riscos de saúde e a crise econômica na região, sendo que 2,3 milhões de refugiados palestinos estão vivendo na pobreza, com a Unrwa sendo a única alternativa de ajuda para essas pessoas.
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Onde a verba será investida
Desde que a pandemia começou, a agência conseguiu expandir e melhorar seus serviços online de saúde por meio da telemedicina, beneficiando 1,7 milhões de refugiados palestinos no ano passado.
O orçamento previsto para 2022 busca também ajudar a quebrar o ciclo de pobreza entre os beneficiados, fornecendo empréstimos microfinanceiros valendo em torno de US$ 31,2 milhões; melhorias de infraestrutura nos acampamentos para refugiados e assistência alimentar e financeira a 2 milhões de civis impactos pela crise na região.
O chefe da Unrwa afirmou ainda que o dinheiro que está sendo pedido para este ano contribuirá diretamente para o bem-estar dos refugiados palestinos e para a estabilidade local. Na visão de Lazzarini, a Unrwa “deveria ser a agência de escolha de qualquer doador, já que contribui para o desenvolvimento humano e fornece aos refugiados palestinos um senso merecido de segurança e de normalidade.”
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Publicado originalmente em ONU News