O regime sírio de Bashar Al-Assad pediu aos EUA que retirem suas forças dos territórios sírios, ameaçando processar funcionários do governo e forças dos EUA.
Em um comunicado na noite de quinta-feira, o Ministério Público Militar do regime de Assad declarou que iria “procurar funcionários do governo e das forças dos EUA pela presença de evidências de violações cometidas pelas forças dos EUA na Síria”.
“Os processos vão incluir não só a parte penal, mas também os pedidos de indenização das vítimas perante as autoridades judiciais nacionais e internacionais competentes”, acrescentou o comunicado.
Além disso, considerou que a presença dos EUA na Síria é “injustificada”, sobretudo porque os EUA não obtiveram permissão prévia do governo Assad para essa presença, nem o Conselho de Segurança das Nações Unidas a autorizou.
A declaração acusou as forças dos EUA de apoiar o “projeto separatista” no nordeste da Síria, observando: “Há evidências que provam que muitos membros do Daesh estão recebendo treinamento de soldados dos EUA”.
A declaração apontou que Washington “ignorou deliberadamente os recentes eventos que ocorreram em Al-Hasakah, juntamente com os movimentos do Daesh antes de lançar um ataque à prisão de Ghweran”.
A declaração continuou: “O Ministério Público Militar agora tem evidências convincentes, confirmando que os Estados Unidos controlam os movimentos e as atividades da organização na Síria a partir de sua base em Al-Tanf”.
Também acrescentou: “O Código Penal Sírio e os artigos da Convenção de Genebra de 1949 permitirão processos para todos os envolvidos no que a ocupação dos EUA está fazendo dentro dos territórios sírios, sejam eles sírios sejam estrangeiros”.
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