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Soldados do Sudão matam manifestante; avança indignação contra governo militar

Protestos pela restauração do governo civil em Cartum, capital do Sudão, 30 de janeiro de 2022; forças de segurança reprimiram manifestantes que marchavam em direção ao Palácio Presidencial [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

Forças de segurança sudanesas mataram um manifestante neste domingo (30), durante uma marcha de milhares de pessoas pela restauração do governo civil em Cartum, capital do país.

As cidades vizinhas Omdurman e Gedaref, além de Atbara e Dongola, no norte do Sudão, também vivenciaram protestos contra o regime militar.

O Comitê Central de Médicos do Sudão declarou em comunicado que um manifestante de 27 anos foi morto na capital após sofrer um “ferimento no peito [causado] pelas forças do golpe”. Baixas desde a tomada militar do poder, em outubro, chegaram a 79 mortos.

Soldados armados bloquearam ruas, pontes e acessos ao Palácio Presidencial, onde se entrincheirou o exército sudanês, junto das autoridades que governam o país.

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A Associação de Profissionais do Sudão, federação trabalhista que organiza boa parte dos atos contrários ao golpe, prometeu não deixar as ruas “até a queda do regime militar, conquista de um estado democrático e justiça àqueles que mataram e cometeram crimes contra o povo”.

Enquanto isso, em meio a pressão internacional cada vez mais veemente, as autoridades sudanesas alegaram “apreender armas” de seus próprios soldados, registrados em vídeo disparando metralhadoras contra manifestantes civis.

O Sudão vive distúrbios políticos desde 25 de outubro, quando Abdul Fattah al-Burhan, chefe do exército, tomou o poder e impôs prisão domiciliar ao então premiê Abdallah Hamdok.

Após protestos populares, em novembro, al-Burhan firmou um acordo com Hamdok para reintegrá-lo como primeiro-ministro. Contudo, as manifestações prosseguiram, conforme denúncias de que o acordo ajudou a legitimar efetivamente o golpe militar.

Neste mês de janeiro, Hamdok decidiu renunciar.

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