A Autoridade Palestina (AP) continua a enfrentar uma severa crise financeira, reportou nesta segunda-feira (31) a rede de notícias Al Resalah. A queda acentuada da arrecadação afetou a capacidade de Ramallah de pagar salários a seus funcionários.
Em janeiro, a AP pagou somente 85% dos honorários regulares; contudo, a expectativa é de nova redução a 75% em fevereiro. Famílias vulneráveis tampouco receberão seus benefícios sociais, pelos quais esperam há mais de um ano.
Baker Ishtayyeh, expert em finanças, apontou à imprensa que Ramallah não vê soluções no horizonte. “Dessa forma, recorre a esforços políticos por meio de acordos alcançados com o governo dos Estados Unidos e de Israel”, argumentou Ishtayyeh.
Enquanto isso, segundo o pesquisador, a Autoridade Palestina busca maneiras de reduzir gastos e a corrupção pública, além de desenvolver projetos para atrair recursos.
Ishtayyeh reiterou que os bancos locais não concedem empréstimos à autoridade devido a dívidas já existentes. A crise de inadimplência afeta também o setor privado, que carece de investimentos para manter suas atividades.
Segundo Azzam al-Ahmad, oficial sênior do partido Fatah, a AP enfrenta uma crise financeira pois Israel insiste em reter impostos que coleta em seu nome. Al-Ahmad prevê que, no ritmo atual, Ramallah será capaz de pagar apenas 50% dos salários após fevereiro.
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