As forças de segurança da Autoridade Palestina (AP) detiveram 55 palestinos na Cisjordânia ocupada por razões políticas, desde o início do ano até 31 de janeiro, revelou nesta segunda-feira (7) o grupo de direitos humanos Lawyers for Justice.
Em nota compartilhada pela agência de notícias Safa, a organização observou que a Autoridade Palestina prendeu 31 palestinos nas cidades de Nablus, Ramallah e Jenin; o restante foi apreendido nas áreas restantes do território ocupado.
Segundo a Lawyers for Justice, a maioria já havia sido presa pela ocupação israelense.
Sete estudantes — dentre os quais, cinco alunos da Universidade de al-Najah — foram detidos por atos relacionados às eleições locais realizadas em dezembro de 2021.
De acordo com o comunicado, nove cidadãos palestinos foram presos sob pretexto de porte de armas, sete por transferência irregular de dinheiro, três por suposta filiação a grupos armados e um por “insultar” a Autoridade Palestina.
A organização advertiu, no entanto, que tais alegações são subterfúgio para estender a investigação e a custódia dos detidos indefinidamente.
Onze palestinos foram apreendidos sem mandado legal e passaram um dia na prisão.
A organização de direitos humanos reiterou que a AP continua a prender seus concidadãos com base em filiação política, em detrimento da liberdade de expressão e associação.
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