O Instituto para Estudos de Segurança Nacional (INSS) da Universidade de Tel Aviv emitiu um alerta sobre o número cada vez maior de organizações que classificam Israel como estado de apartheid, reportou nesta terça-feira (8) a rede de notícias Arab48.
O centro de pesquisa sionista destacou que relatórios recentes indicando a incidência de um apartheid israelense “devem ressoar um alarme sobre o futuro”.
Na última semana, a Anistia Internacional publicou um relatório no qual denuncia Israel como estado de apartheid. Em 2021, o Human Rights Watch e a ong israelense B’Tselem chegaram à mesma conclusão. No ano anterior, um laudo legal da organização Yesh Din reportou: “o crime contra humanidade de apartheid é cometido na Cisjordânia ocupada”.
O instituto israelense alegou que as quatro entidades “distorcem a realidade”, mas advertiu que tais denúncias podem ser reflexo de uma política de estado único — em contraponto com a dita “solução de dois estados” — que favorece a hegemonia judaica em toda a Palestina histórica.
“Tais relatórios são parte de uma campanha que não apenas busca designar Israel como estado que conduz crimes de guerra, no contexto da luta nacional, mas também como responsável por políticas de apartheid, meramente por ser um estado judeu”, afirmou o instituto.
Segundo Tel Aviv, as entidades de direitos humanos pressionam o Tribunal Penal Internacional (TPI) para avançar nas investigações sobre os crimes israelenses, incluindo crime de apartheid, cometidos nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém e na Faixa de Gaza sitiada.
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