Soldados israelenses demoliram ontem (13) a casa de um prisioneiro palestino acusado de assassinar um colono no último ano, segundo informações da agência Wafa.
Soldados da ocupação invadiram a aldeia Silat al-Harithiya, a noroeste de Jenin, e bloquearam todas as vias de acessos à residência de Mahmoud Jaradat, encarcerado nas cadeias de Israel. Sua casa foi então demolida.
Segundo o Crescente Vermelho da Palestina, Mohammad Akram Abu Salah, de 17 anos, foi baleado e morto durante a invasão, que deixou também dezenas de feridos. Onze pessoas tiveram de ser internadas em um centro médico — três em estado grave.
Mahmoud al-Saadi, diretor do serviço de paramédicos de Jenin, observou à Wafa que as tropas israelenses impediram as ambulâncias de adentrar no perímetro para prestar socorro.
Segundo seu relato, veículos militares e tratores invadiram a aldeia por todos os lados e soldados armados se posicionaram nos telhados da vizinhança.
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Israel utiliza a política de demolição para expulsar famílias palestinas de suas terras, sobretudo parentes de prisioneiros acusados de atacar israelenses. As Nações Unidas e grupos de direitos humanos denunciam tais medidas como forma de punição coletiva.
Segundo o Centro Nacional de Informações, a ocupação israelense obrigou residentes palestinos de Jerusalém Oriental a demolirem mais de 1.900 casas desde 1967.