Os legisladores etíopes votaram, na terça-feira, para estabelecer o estado de emergência do país, informou a Agência Anadolu.
A moção no parlamento enfrentou forte resistência, mas foi aprovada com maioria de votos.
O estado de emergência de seis meses foi suspenso dois meses depois que os rebeldes do Tigray se retiraram, em grande parte, das regiões do norte de Amhara e Afar, onde fizeram incursões.
O último desenvolvimento ocorreu em meio a relatos de conversas secretas entre o governo etíope e os rebeldes para um cessar-fogo.
O governo etíope, no entanto, negou iniciar qualquer conversa com os rebeldes Tigray.
Annette Weber, enviada especial da UE para o Chifre da África, foi citada pela Addis Standard, uma revista mensal local, dizendo, após uma breve visita à Etiópia no fim de semana, que havia discussão sobre a decisão da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF, na sigla em inglês) como organização terrorista.
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“Em relação à designação de terrorismo ou a deslistagem, há discussões nesse momento, de que existe a possibilidade – claro, passa pelo parlamento – de haver uma chance de deslistagem. E, claro, após a deslistagem, o envolvimento com a TPLF, porque isso é necessário se houver um acordo sobre a cessação de hostilidade e cessar-fogo”, disse Annette.
“Falando com o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, ontem, minha sensação é que o que vimos nas últimas duas semanas, as mudanças […], principalmente sobre o Tigray […] Acho que há um caminho que é claramente para a paz e ele falou sobre isso”, acrescentou.
Enquanto isso, dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas nas últimas duas semanas de localidades na região nordeste de Afar, adjacente ao estado de Tigray, depois que os rebeldes lançaram novas ofensivas e capturaram vários distritos.
O conflito entre o governo etíope e os rebeldes de Tigray começou em novembro de 2020, depois que os rebeldes atacaram as posições do exército em Tigray, incluindo a capital, Mekele.
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