Mais de 20 mil iemenitas sofreram deslocamento forçado desde o início do ano, reportou ontem (22) a Organização Internacional para a Migração (OIM).
Em seu mais recente relatório sobre o Iêmen, observou a agência das Nações Unidas: “Conforme estimativas de nosso modelo de transição demográfica, de 1° de janeiro a 19 de fevereiro deste ano, 3.368 lares ou 20.208 indivíduos foram deslocados ao menos uma vez”.
A maioria dos deslocamentos ocorreu nas províncias de Marib, Hudaydah e Taiz.
Nas últimas semanas, o Iêmen vivenciou uma nova escalada militar de larga escala entre forças pró-governo e rebeldes houthis, que levou ao deslocamento de muitas famílias, além de perdas humanas e materiais.
O Iêmen — país mais pobre do Oriente Médio — é assolado por violência desde 2014, quando houthis apoiados por Teerã capturaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. A crise escalou no ano seguinte, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma devastadora campanha aérea para reverter os ganhos territoriais houthis.
Estados Unidos e Grã-Bretanha apoiam efetivamente a coalizão saudita.
A guerra deixou mais de cem mil mortos e levou milhões de pessoas ao mapa da fome, conforme dados oficiais das Nações Unidas.
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