Na sexta-feira (25), o presidente sírio Bashar al-Assad reiterou seu apoio à invasão russa em território ucraniano, durante telefonema com seu homólogo russo Vladimir Putin, ao sugerir que seus benefícios vão além de Moscou.
“A Federação Russa dará uma lição a todo o mundo de que a grandeza das superpotências não se deve meramente à sua força militar, mas também ao respeito pela lei, pela moralidade e por princípios humanitários”, destacou Assad.
Na madrugada de quinta-feira (24), o exército russo lançou uma série de operações contra o país vizinho, atacando prédios civis e militares. Suas forças tentam capturar a capital Kiev. O regime de Assad na Síria foi o primeiro a expressar veemente apoio à invasão.
Declarou Assad: “A Síria continua ao lado da Federação Russa, com base na convicção de que sua postura é correta e porque confrontar o expansionismo da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] é um direito da Rússia”.
Segundo comunicado oficial de Damasco, logo após o telefonema, o presidente sírio descreveu a invasão na Ucrânia como “correção da história e restauração do equilíbrio na ordem mundial, após a queda da União Soviética”.
Ao longo dos últimos dez anos de guerra civil na Síria, ainda em curso, a Rússia interveio militarmente para auxiliar o governo contra forças revolucionárias.
Grupos da oposição síria, sobretudo no norte do país, anunciaram seu apoio à Ucrânia e sua integridade territorial, ao indicarem que sua resistência a Moscou ocorre em outro fronte.
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