O movimento houthi assinou um novo acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para descarregar um petroleiro abandonado que ameaça derramar 1.1 milhão de barris de petróleo cru nos mares iemenitas.
Segundo informações da agência Reuters, em fevereiro, Martin Griffiths, subsecretário de ações humanitárias para as Nações Unidas, prometeu materializar um eventual acordo para transferir petróleo da embarcação Safer a outro navio; contudo, sem cronograma.
O Safer permanece atolado no terminal iemenita de Ras Issa, na costa do Mar Vermelho, há mais de seis anos. Oficiais da ONU veicularam quatro alertas de potencial derramamento de petróleo com volume semelhante ao desastre de Exxon Valdez, no Alasca, em 1989.
“Um memorando de entendimento foi firmado com as Nações Unidas sobre o petroleiro Safer”, afirmou neste sábado (5) Mohammed Ali al-Houthi, chefe do comitê revolucionário houthi, em sua página do Twitter.
Os houthis enfrentam o governo reconhecido internacionalmente no Iêmen, mas detém controle da empresa proprietária e do local onde está atracado o naufrágio.
Previamente, um acordo foi alcançado para que uma equipe técnica da ONU inspecionasse e conduzisse reparos na embarcação em declínio, construída em 1976. No entanto, um acordo final sobre questões logísticas jamais se materializou.
Não há operações de manutenção no navio petroleiro desde 2015, quando uma coalizão militar saudita interveio no Iêmen contra rebeldes houthis alinhados a Teerã, que depuseram o regime de Abd Rabbuh Mansour Hadi e capturaram a capital Saana.
Os houthis controlam boa parte da costa iemenita; a coalizão, todavia, controla o alto-mar.
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