O romance histórico Samarcanda gira em torno da história do icônico manuscrito do Rubaiyat, de Omar Khayyam, desde a sua composição pelo poeta e sábio persa do século XI à sua perda no naufrágio do Titanic em 1912.
Acusado de zombar dos códigos invioláveis do Islã, o poeta e sábio persa Omar Khayyam é conduzido à presença do juiz local. Reconhecendo a sua genialidade como poeta e a sua estatura como pensador, este homem poupa a vida de Khayyam e lhe entrega um caderno em branco para que se limite a escrever nele seus versos. Assim nasceu o Rubaiyat. Os caminhos da vida deste poeta se cruzam com os de Nizam Al-Mulk, vizir do sultão Malikchah, e com os de Hassan Sabbah, fundador da Ordem dos Assassinos, que mais tarde esconderá o precioso manuscrito na famosa fortaleza montanhosa de Alamut. No final do século XIX, o livro acendeu a imaginação do Ocidente na tradução evocativa de Edward Fitzgerald. No início do séc. XX, um acadêmico estadunidense ouve falar da sobrevivência do manuscrito e o recupera com a ajuda de uma princesa persa. Juntos, eles o levam na fatídica viagem do Titanic.
“Saberia o juiz que com aquele gesto, com aquelas palavras, dava vida a um dos segredos mais bem guardados da história das letras? Que seria preciso esperar oito séculos até que o mundo descobrisse a sublime poesia de Omar Khayyam, até que seu Rubaiyat fosse venerado como uma das obras mais originais de todos os tempos, até que fosse enfim conhecido o estranho destino do manuscrito de Samarcanda?”
Neste romance, a narrativa do premiado escritor e jornalista libanês Amin Maalouf conduz leitores pela Rota da Seda, atravessando séculos, com seu talento de contador de histórias.
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Maalouf nasceu em Beirute, no Líbano, em 1949. Foi repórter durante doze anos, realizando missões em mais de 60 países. Mudou-se para Paris em 1976, e é membro da Academia Francesa desde 2011. Seus livros foram traduzidos para mais de 40 idiomas. Recebeu diversos prêmios importantes como: Prix des Maisons de la Presse, Prêmio Goncourt, Prêmio Príncipe das Astúrias, Prêmio Calouste Gulbenkian. Seus livros são romances históricos, ambientados no Oriente Médio, na África e no Mediterrâneo. Ele diz que seu papel como escritor é criar “mitos positivos”.
A obra em português é uma publicação da Editora Tabla, que tem foco nas culturas do Oriente Médio e do Norte da África e seus ecos no Ocidente, e a tradução ao português é da jornalista Marília Scalzo, também escritora e coordenadora de Comunicação do Instituto Moreira Salles.