O Conselho Árabe expressou seu pleno apoio ao “direito de autodeterminação do povo sírio sobre seu próprio futuro”, com intuito de marcar o 11° aniversário da revolução no país, que culminou na guerra civil.
Em março de 2011, protestos populares se deflagraram na Síria contra a ditadura de Bashar al-Assad. Entretanto, após violenta repressão por parte das forças institucionais, a situação escalou a um conflito devastador.
“Enquanto recordamos essa data, milhões de sírios estão espalhados em abrigos, centros de migração e penitenciárias, além de centenas de milhares de mártires, desaparecidos e deficientes expostos à guerra de extermínio mais hedionda nas últimas décadas”, observou o ex-presidente tunisiano Moncef Marzouki.
“O Conselho Árabe manifesta seu pleno apoio ao direito do povo sírio de decidir seu futuro, livrar-se da ditadura e conquistar sua liberdade, dignidade e soberania”, acrescentou.
Marzouki instou os sírios a “aderirem às constantes de sua revolução e seus valores eternos”. Em referência à comunidade internacional, o ex-presidente reiterou que a única maneira de solucionar a crise dos refugiados é permitir seu retorno “sem medo de punição”.
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O Conselho Árabe é uma instituição não-governamental cujo intuito é promover os princípios da Primavera Árabe, instituir uma cultura de democracia na região e trocar experiências para conduzir esforços eficientes de transição política.
A entidade foi fundada em Túnis, em 26 de julho de 2014. Há ramos em diversos países.
Cerca de 500 mil pessoas foram mortas na Síria nos últimos 11 anos; milhões tiveram de deixar suas terras. Aproximadamente 80% da população vive na miséria e ao menos cem mil pessoas desapareceram nas mãos do governo. Assad, contudo, permanece no poder, com apoio militar da Rússia e do Irã.